domingo, 4 de março de 2012

VLADIMIR PUTIN


Vladimir Putin foi hoje eleito à primeira volta, com 64 % dos votos (resultado da cadeia RT à hora a que escrevo), presidente da Rússia.

Seguiu-se o candidato comunista Gennady Zyuganov, com 17 %, tendo os restantes três candidatos (Zhirinovsky, Prokhorov e Mironov) obtido percentagens abaixo dos 10 %.

Sucedendo ao bêbado Boris Yeltsin, por resignação deste em 1999, Putin foi eleito presidente da Rússia pela primeira vez em 2000 e reeleito em 2004. Não podendo constitucionalmente recandidatar-se a um terceiro mandato consecutivo, foi substituído em 2008 pelo primeiro-ministro Dimitri Medvedev, passando ele a exercer as funções de primeiro-ministro. Agora novamente na presidência, será Medvedev a ocupar outra vez o lugar de primeiro-ministro. Esta sucessiva mudança de cadeiras é um pouco bizarra, mas a Rússia muito deve ao par Putin/Medvedev.

Durante o o tempo de governação de Putin como presidente e primeiro-ministro, a Rússia voltou a desempenhar um papel importante na política internacional, que havia perdido no tempo de Yeltsin e após a desintegração da União Soviética facilitada por Mikhail Gorbachov. Reduzida territorialmente, a Federação Russa é ainda uma das mais importantes nações do mundo, pelo seu poder e pela sua história. Empenhou-se Putin no crescimento económico do país, tendo o nível de vida registado um significativo progresso nos últimos anos. A actividade cultural continua a conhecer grande vitalidade, e o ensino mantém a qualidade que já se verificava no tempo da União Soviética. Como afirma o PÚBLICO, «o corpo esmagador, poderoso e enigmático da Rússia continua vivo». A firmeza e autoridade de Putin, têm-lhe granjeado o maior apreço entre os russos, especialmente nos sectores nacionalistas, que vêem nele um garante da ordem e da estabilidade.

Não logrou ainda Putin pôr um travão à corrupção, um dos maiores flagelos do país, nem conseguiu empreender um combate às inúmeras máfias que pululam no solo russo, e que já existiam, embora com menor expressão, no tempo da União Soviética.

Agora reeleito, esperam os russos que a par da progressiva melhoria das condições económicas e sociais, possa Putin garantir na cena internacional o lugar a que a Rússia tem direito.

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