quinta-feira, 8 de março de 2012

A ADVERTÊNCIA DE KOFI ANNAN


O ex-secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, enviado especial da Organização para mediar o conflito na Síria entre o regime de Bashar Al-Assad e as forças oposicionistas, afirmou hoje no Cairo, onde fez escala a caminho de Damasco, onde deverá encontrar-se no domingo com o presidente sírio, que uma intervenção armada no país só poderia piorar a situação, devendo ser liminarmente excluída.

Falando aos jornalistas da Liga Árabe, Annan declarou: «Espero que ninguém esteja a pensar seriamente em usar a força nesta situação», embora, segunda a Al Jazira, existam sérias divisões no seio dos países árabes quanto ao apoio a uma intervenção militar. A Arábia Saudita [cujo rei usa curiosamente o título de Guardião das Duas Mesquitas Sagradas (Meca e Medina)] é favorável  a que se armem os rebeldes, o que, segundo Annan, iria aumentar a possibilidade de uma guerra civil total e o risco acrescido de transformar a Síria no campo de batalha de todas as guerras da região.

Perante o desconchavo das afirmações dos líderes ocidentais e dos países árabes, ouviram-se finalmente as palavras avisadas de Kofi Annan, que possui a sabedoria dos anos em que esteve à frente das Nações Unidas.

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