sábado, 17 de dezembro de 2011

REGRESSANDO AO IMPÉRIO




Façamos uma pequena incursão na História:

O Império Romano, cujo início é habitualmente estabelecido com a ascensão ao poder de Octávio César Augusto, começa em 27 AC e termina em 395 DC, pela partilha definitiva do território entre os filhos de Teodósio I (Honório e Arcádio). Coube a Honório o Império Romano do Ocidente e a Arcádio o Império Romano do Oriente, também designado por Império Bizantino. O primeiro durou até 476, data em que Roma foi tomada por Odoacro, rei dos hérulos (uma tribo germânica), o segundo sobreviveu até 1453, quando Mehmet II, sultão otomano, tomou Constantinopla.

Dividida assim a Europa entre Ocidente e Oriente, encontrava-se vaga a dignidade imperial ocidental desde 476. Foram necessários mais de três séculos para preenchê-la. No dia de Natal de 800, Carlos Magno, rei dos francos e dos lombardos, foi coroado em Roma pelo papa Leão III como imperador do Santo (ou Sacro) Império Romano Germânico, também chamado Império do Ocidente ou mais simplesmente Império Alemão (o I Reich). O território deste Império era composto genericamente pela Germânia, mas também pela Gália, pela Flandres, a Lombardia, etc.

Este Império não era hereditário mas electivo (os soberanos e prelados das regiões que o compunham elegiam sucessivamente os novos imperadores). Com o tempo a hereditariedade prevaleceu sobre a livre escolha, mantendo-se contudo a formalidade da eleição. Foi praticamente a regra depois de Carlos-Quinto. O Primeiro Império Alemão durou até 1806, quando o imperador Francisco II, face à supremacia do reino da Prússia (nomeadamente desde Frederico II, o Grande), um dos países que integrava o Império, à emergência de novas potências, mas em especial perante a derrota que lhe infligiu Napoleão e à reorganização a que este procedeu na Alemanha (a Confederação do Reno), renunciou ao título imperial, passando a intitular-se então imperador da Áustria, com o nome de Francisco I.. Evitava assim que a coroa imperial (do Ocidente) passasse para as mãos de Napoleão Bonaparte, já imperador dos Franceses. E elevava a Império o arquiducado da Áustria.

A Europa passava entretanto por diversas peripécias diplomáticas (o Congresso de Viena, de 1815) e militares (a guerra franco-prussiana, de1870/71). Guilherme I, rei da Prússia, derrotou em Sedan o imperador dos franceses, Napoleão III, e foi proclamado, em Versailles, imperador da Alemanha (unificada). Estava criado o Segundo Império Alemão ou II Reich. As ambições expansionistas do seu neto Guilherme II e dos seus parentes levaram à eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Com o término desta, caíram os impérios alemão, austríaco e russo. O II Reich dava lugar à República de Weimar. Guilherme II refugiou-se nos Países Baixos, onde morreu.

Humilhados pela derrota e pelas condições do Tratado de Versailles (1919), os alemães reuniram-se à volta de um potencial líder, Adolf Hitler, que ascendeu, democraticamente ao poder, como chanceler, em 1933, sob a presidência do marechal Hindenburg. Morto este em 1934, Hitler assumiu as funções de chefe do Estado, com a designação de Führer. Era o fim da República de Weimar e o início do III Reich. Instalado na Alemanha o nacional-socialismo, o expansionismo de Hitler provocou a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Derrotado o exército alemão, Hitler suicidou-se no bunker de Berlim em 30 de Abril de1945. O almirante Dönitz, que lhe sucedeu, em Flensburg, capitularia  a 23 de Maio seguinte.

A Alemanha foi então dividida pelos aliados em quatro zonas: americana, francesa, britânica e russa. Posteriormente. as três primeiras vieram a constituir a República Federal da Alemanha e a última a República Democrática Alemã. Derrubado o muro de Berlim e reunificada a Alemanha (1990), foi esta governada pelos chanceleres Helmut Kohl e Gerhard Schröder.

Sucedeu ao último, em 2005, uma mulher, a chancelerina Angela Merkel, que se propõe agora (em pleno IV Reich) prosseguir, pela via económica e financeira, o expansionismo que nem Guilherme II, nem Adolf  Hitler conseguiram pela via militar. Não sabemos ainda quando vai eclodir a Terceira Guerra Mundial nem como morrerá a chancelerina.

1 comentário:

Zephyrus disse...

Veja este painel do aeroporto de Denver:

http://files.abovetopsecret.com/images/member/3c930b027e80.jpg

Crianças de várias nacionalidades entregam armas a duas crianças com aspecto teutónico/nórdico. Até uma criança americana se «submete».