sexta-feira, 6 de maio de 2011

CRÓNICA DE UMA MORTE ANUNCIADA



Após o ataque às torres de Nova Iorque em 2001, o presidente Bush declarou guerra ao terrorismo e, em consequência, decidiu atacar o Afeganistão onde, supostamente, viveria Osama Bin Laden e donde seriam comandados os actos terroristas a nível global. Passaram dez anos. Pelo meio foi invadido e destruído o Iraque por causa dessa ameaça e também para "expandir" a democracia. Durante este período, entre militares e civis, mortos, feridos, estropiados, desalojados, traumatizados, desgraçados, há certamente milhões de pessoas. 

Soube-se esta semana que afinal Bin Laden vivia não nas grutas recônditas do Afeganistão mas tranquilamente num condomínio de luxo, nos arredores de Islamabad (a capital do Paquistão), mesmo ao lado da Academia Militar daquele país. O presidente Obama deu então ordem às tropas especiais para eliminarem o homem mais procurado do mundo. Segundo a versão oficial, Bin Laden foi morto e - depois das cerimónias fúnebre religiosas muçulmanas, já que os americanos, sublinhe-se, são profundamente respeitadores das crenças alheias, e que tiveram lugar num porta-aviões americano - o seu corpo foi lançado ao mar.

A sequência do desenrolar dos eventos afigura-se a uma história mal contada, como já tinham sobrado muitas interrogações sobre o ataque às torres de Nova Iorque. Segundo os serviços secretos paquistaneses, pelo menos desde 2009 que os Estados Unidos tinham sido alertados para a existência de tal condomínio suspeito. Em lugar de ter sido preso para poder ser julgado, no Tribunal Penal Internacional, pelos crimes que lhe são atribuídos, o presumível chefe da Al-Qaeda foi pura e simplesmente fuzilado. Depois, devido a algum receio perante o Eterno, os militares americanos que procederam ao ataque (sem o conhecimento do governo paquistanês, segundo consta) prestaram-lhe as honras religiosas a bordo de um porta-aviões, localizado a muitos quilómetros de distância já que, que eu saiba,  Islamabad não é uma cidade marítima mas fica situada no norte do Paquistão, a mais de mil quilómetros da costa. Como é suposto o porta-aviões não se deslocar por terra, houve que transportar o corpo até ao navio. Vasto percurso. Uma última questão. Porque lançá-lo ao mar e não o enterrar segundo a religião islâmica, já que o mar não se inclui nas tradições religiosas muçulmanas de sepultamento. Há ainda o caso da foto. Inicialmente foi divulgada uma foto do morto que se provou tratar-se de uma fotomontagem. Agora, segunda decisão de Obama, não serão divulgadas quaisquer fotografias.

Persiste, portanto, a interrogação. Foi realmente Osama Bin Laden morto esta semana? Já estava morto há muito tempo e este é o momento político para anunciar urbi et orbi a sua morte? Continua vivo, tendo sido submetido a uma operação plástica? Estará, só Deus sabe, a viver nos Estados Unidos, num complexo residencial? Virá a aparecer nos próximos dias numa gravação vídeo difundida pela Al Jazira? Nesta última hipótese não acredito. Seria demais.

Para seguir a crónica desta morte anunciada, pode recorrer-se aqui, onde está registada alguma informação interessante.

1 comentário:

Anónimo disse...

A versão oficial é que deitaram o corpo ao mar porque nenhum país do mundo aceitaria recebê-lo no seu território ...
Qual o objectivo desta encenação não sei mas que é encenação ponho as mãos no fogo.
Provavelmente, a actuação futura dos EUA nesta área dará uma pista também quanto ao objectivo.
Valeria