sábado, 12 de março de 2011

EXPLOSÃO NA CENTRAL DE FUKUSHIMA


Como escrevemos ontem, havia o receio de fugas na central nuclear de Fukushima, na sequência do terramoto no Japão. Confirmaram-se esta manhã as piores previsões: uma grande explosão na central,  que se julga terá  provocado uma fusão no reactor, cujo sistema de arrefecimento foi afectado pelo sismo.

Agora, que se começa a fazer a contabilidade das vítimas, há notícia de 10.000 desaparecidos. E as populações num raio de 20 km estão a ser deslocadas por precaução de contaminação radioactiva, que a verificar-se, como aconteceu em Tchernobyl, atingirá todo o planeta.


O número de pessoas deslocadas das suas casas, dentro da zona já considerada como de exclusão, eleva-se, neste momento a 300.000, e as autoridades americanas e europeias estão a analisar a situação com o maior cuidado. Em toda a zona afectada não há água nem energia eléctrica e as comunicações rodoviárias, ferroviárias, aéreas e telefónicas estão largamente condicionadas em todo o país.

Uma previsão mais pessimista aponta como possível a existência de 500.000 mortos e desaparecidos. Além da sinistra devastação de larga zona do território.

Perante catástrofes desta natureza e magnitude, as que se estão sistematicamente a verificar desde há mais de um ano e as que indubitavelmente se prevêem para os próximos tempos, parece ridícula a omnipresente discussão provocada pela agiotagem euro-americana na especulação dos mercados internacionais: os seus protagonistas, que vivem exclusivamente obcecados pelo dinheiro, e só pelo dinheiro, morrerão mais cedo ou mais tarde (se preferível mais cedo) como todos nós, com ou sem catástrofes naturais ou acidentes humanos. E deles nada restará senão tristeza,  miséria. e revolta. Que as suas almas, se almas existem, não descansem em paz!

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